segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Projeto ajuda pobre a sair do Bolsa Família

Um projeto piloto que começou a ser implantado em quatro municípios cearenses busca ajudar os beneficiários do Bolsa Família a deixar de depender da ajuda governamental. A estratégia consiste em oferecer crédito e assistência técnica para as pessoas dispostas a iniciar um pequeno negócio. A idéia é que, com a prosperidade do empreendimento, as famílias possam dispensar o benefício pago pelo programa.

A iniciativa está sendo implantada em Maranguape, Paracuru, Pacajus e Itaitinga, próximos a Fortaleza. Em cada município, foram selecionadas cinco comunidades pobres, conforme a indicação das prefeituras. As equipes do projeto visitam os locais e traçam um breve perfil socioeconômico das famílias. Em seguida, oferecem capacitação, financiamento e apoio no acesso a mercados ou a compras governamentais.

Esse leque de serviços oferecidos é resultado da diversidade de instituições que participam do projeto: ministérios de Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Emprego e da Casa Civil; o Banco do Nordeste; o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas); a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento); e a EMATERCE (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará); além das prefeituras dos municípios beneficiados.

Por meio do projeto, os beneficiários do Bolsa Família contam com assistência para abrir ou ampliar um empreendimento, afirma Remígio Freitas Neto, analista do SEBRAE que atua no projeto. “As famílias têm acesso à capacitação gerencial, oferecido pelo SEBRAE; têm acesso ao microcrédito do PRONAF [Programa Nacional de Modernização da Agricultura Familiar]; têm acesso a mercado, podem vender para a CONAB caso formem associações e atendam as exigências; e têm acesso à assistência técnica rural, da EMATERCE”, declara.

A iniciativa, que teve início em setembro do ano passado, já atendeu três comunidades em cada um dos municípios. Ainda não há um balanço do número de famílias beneficiadas, mas os primeiros resultados devem ser positivos, na avaliação de Freitas Neto. “Esperamos que essas ações ajudem essas pessoas a se desenvolver para que elas não precisem mais do Bolsa Família”, afirma.


Com informações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)

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